sexta-feira, 11 de julho de 2014

Neurociencia e Educação: um novo olhar pedagógico.




Nosso país vem apresentando, de maneira recorrente, baixos indicadores  relacionados à educação. Apesar dos esforços de nossos educadores, as mudanças nos paradigmas contemporâneos vêm exigindo novas abordagens didático-pedagógicas. Assim, melhorar a educação é uma prioridade nacional para a sociedade atual.
Neste sentido, o surgimento de novas abordagens que possam emergir do conhecimento da neurociência é necessário para aperfeiçoar o processo de desenvolvimento relacionado à aprendizagem, principalmente durante a infância.  
É preciso promover a discussão da relação entre educação e neurociência, buscando uma ponte que possa resultar numa melhor aprendizagem.
Essa abordagem busca um novo olhar sobre a educação, de modo que estas intervenções possam refletir-se na formação social de nossos cidadãos.
Ainda são poucas as evidências de pesquisa neste campo, entretanto os primeiros dias nesta história vêm apresentando um rápido progresso. Boa parte das abordagens em neurociência e educação que estão agora em uso têm apresentando resultados significativos.
É preciso criar uma proposta pautada na cooperação para que o processo de aprendizagem e o funcionamento do cérebro trabalhem coordenadamente e em sua capacidade mais alta. O resultado será de professores mais motivados e com novos conhecimentos sobre neurociência aplicados na educação, com reflexos em melhores resultados de aprendizagem.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Educação Física além da Hipertrofia.



Já tem algum tempo que eu venho pensando em escrever um texto menos informativo e mais relacionado à colocação profissional dos professores de Ed. Física. Isso tem me incomodado desde a faculdade, quando me deparei com a existência de alguns estereótipos extremamente equivocados. IMC pra contratar um professor de academia? Testes físicos pra ‘aceitar’ um personal trainer em uma equipe? E o estereótipo do ‘bombado cabeça-de-vento’? Da ‘gostosa burra’? Olhemos o outro lado: O governo quer retirar a obrigatoriedade da EF escolar a todo custo. Passamos 4 anos na faculdade, inúmeros semestres dedicados à compreensão de um processo desenvolvimentista e psicomotor. Aprendemos a importância do elemento lúdico durante o processo de ensino-aprendizagem, o papel do estímulo motor no desenvolvimento cognitivo, afetivo e intelectual e que boas intervenções psicomotoras podem auxiliar a minimizar o impacto de déficits de aprendizagem e continuam nos relegando o papel de ‘jogar bola’. Vimos que intervenções com exercício é tratamento não-farmacológico pra doenças crônicas e podem atenuar o curso de doenças degenerativas. E ainda nos julgam pela quantidade de massa muscular acumulada ao longo de sessões de 3 séries de 10. Falo como alguém que construiu o amor pela profissão dia após dia. Não entrei na faculdade de EF por ser uma exímia atleta, muito pelo contrário, não possuo aptidão alguma para atividades pré-desportivas. Tampouco me enquadro no estereótipo de ‘maromba’. Aprendi a amar o movimento pelo seu papel terapêutico e desenvolvimentista em todas as esferas da vivência humana, em todas as faixas etárias. E aí você tenta mudar essa concepção unilateral da Educação Física, mas aos poucos se depara com dificuldades dentro do seu próprio ‘nicho’. De tempos em tempos surgem ‘modinhas’, dietas e treinos novos que, frequentemente vêm acompanhados de um novo ‘ícone fitness’... E estamos em um momento que realmente me causa arrepios. Dediquei 10 anos para terminar o doutorado (entre graduação, mestrado, estágio no exterior e doutorado). Estou trabalhando com o ensino superior desde 2008. Venho tentando ostensivamente modificar essas concepções em minha sala de aula por acreditar que a EF está além da hipertrofia. De repente me deparo com expressões como “#fikagrandeporra”; “#esmagaquecresce”; ” #meuovo”... E de um profissional! Como construir uma profissão com responsabilidade e respeito? Como lutar contra um sistema que relega o papel do profissional de Educação Física e restringe sua atuação à mediocridade? Como mostrar que nossos 4 anos de estudo envolvem um processo que integra a bioquímica, genética, citologia, cinesiologia, biomecânica entre outras habilidades pra obter um resultado de hipertrofia se você resume todo o seu estudo em #esmagaquecresce? Como construir uma nova concepção de alto rendimento em discussões enriquecedoras se você diz àqueles que discordam de você #meuovo? Sinceramente, com essa concepção estamos nos distanciando cada vez mais de elevar nossa profissão ao patamar de EDUCAÇÃO física. Imagina se o seu médico usar a hashtag #saralogoporra? Em nenhuma outra profissão eu vejo tamanha falta de profissionalismo ao remeter a rotina de trabalho diária. Nenhuma... Fibrado? De onde saiu isso? Provavelmente de uma biopsia muscular que permitiu a analise miofibrilar por fotomicrografia, certo? ERRADO... Neologismo extremamente inadequado pra ser utilizado como sinônimo de ganho de massa associado a perda de gordura corporal. Não faz sentido! Enfim, em meu papel de educadora (e não de marombeira) me sinto na obrigação de dizer aos meus alunos que é preciso fazer-se respeitar para lograr uma posição de destaque dentro do quadro de profissionais da área da saúde. É preciso ganhar conhecimento, arrumar o vocabulário e aí sim, sair das sombras da medicina e efetivamente assumir nosso lugar junto às intervenções desenvolvimentistas, de prevenção, tratamento e também de alto rendimento. Do mais, continuo fazendo meu ‘trabalho de formiga’ dentro de uma concepção que acredita que a EF ainda não descobriu (e não mostrou pro mundo) o tamanho de seu potencial. A ideia deste texto é fomentar discussões acerca da nossa colocação profissional. Alguns irão ler e formarão novas opiniões, certamente visando melhorar nossa atuação, outros não irão ler... E tem aqueles que vão ler e ao final pensar #meuovo.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

AERÓBIO EM JEJUM X EPOC: COMO USAR O METABOLISMO ENERGÉTICO A SEU FAVOR?


Fiquei pensando se eu devia mesmo entrar na discussão do tão ‘controverso’ aeróbio em jejum e as múltiplas variáveis que envolvem essa prática, mas acredito que é uma temática muito atual e que vale a pena ser abordada. É consenso geral que onze em cada dez praticantes de atividades físicas desejam (lutam e sofrem) pra otimizar a redução do percentual de gordura, mas sem perder massa magra. Assim seria perfeito pensarmos em um treino que para priorizar o metabolismo lipídico como principal fonte para fornecer energia e ao mesmo tempo aumente a massa muscular. Isso é possível? Esse assunto é super polêmico (todo assunto que não tem um consenso estabelecido é muito complicado dizer se é certo ou errado!). Então nós vamos discutir aqui as bases fisiológicas deste tipo de abordagem (para que vocês entendam como funciona toda a nossa teoria na prática e aí cada um que tome a sua decisão). 
Como nós já vimos nas aulas de bioquímica e fisiologia, o metabolismo energético funciona na seguinte lógica: Durante as horas de sono o corpo continua trabalhando para manter as funções normalmente, mas sem se alimentar, portanto acaba utilizando as reservas de glicogênio (lembrem que quando não tem carboidrato nós precisamos lançar mão do glicogênio para o fornecimento de energia). Com a baixa reserva de glicogênio o corpo irá utilizar a gordura como fonte predominante na atividade aeróbica. Mas como vocês devem lembrar, a variável de intensidade do esforço é de suma importância para determinar o metabolismo energético que irá suprir essa demanda. Portanto se vocês forem realizar um exercício em intensidades mais altas, provavelmente irão estimular a utilização de glicogênio ao invés de gordura, e se não há reservas disponíveis de carboidrato (porque você está em jejum!!!!) seu organismo irá utilizar a segunda via energética mais fácil, que é a proteína (seus músculos!!!!!). 
A via da gliconeogênese vai buscar uma via alternativa pra reposição do glicogênio que precisa ser utilizado durante o exercício em maiores intensidades. Esta via vai degradar sua massa muscular e convertê-la em energia (aquilo que você demorou tanto pra ganhar!!!!). Portanto, para evitar o catabolismo muscular, a atividade não deve ser intensa e nem exagerar no tempo, é indicado o tempo máximo de 40 minutos e a frequência cardíaca máxima de 50% a 60%, que é uma frequência baixa para exercícios físicos. Lembrando que o AEJ tem como objetivo apenas a queima de gordura, e não a melhora do rendimento. 
Alguns nutricionistas costumam recomendar o uso de aminoácidos (como por exemplo, o BCAA) para evitar o catabolismo da massa magra. Por outro lado, pensando pela lógica da bioquímica, qualquer nutriente que fosse ingerido seria um anti-catabólico (você estaria pagando preço de proteína para que ela faça a mesma função do carboidrato e a diferença de preço é grande!!!!). O organismo continua utilizando a gordura como fonte de energia durante pelo menos 30 minutos depois do término do AEJ, então para aproveitar o máximo dessa queima, é indicado esperar esse tempo para fazer a primeira refeição. A ideia do AEJ em baixa intensidade é direcionar o gasto calórico para utilização de gorduras. Além disso, se considerarmos que pela manhã os níveis de GH estão mais altos, favorecendo a ação lipolítica. O cortisol também está alto nesse momento, o que favorece o catabolismo (CATABOLISMO NÃAAAAAAAO). Muita gente ouve a palavra CORTISOL e só consegue pensar no catabolismo de músculos. Nós queremos o catabolismo de gordura, mas vamos usar a baixa intensidade do exercício para minimizar o impacto catabólico sobre a massa muscular. Alguns especialistas são contra a prática do AEJ por ressaltarem a necessidade de que haja glicose para iniciar o ciclo de Krebs e, posteriormente estimular o uso da gordura nesta via, após a beta-oxidação. Em outras palavras: Você precisa da glicose (carboidrato) pra perder gordura! O glicogênio armazenado pode ser usado pra iniciar o funcionamento do ciclo de Krebs e posteriormente estimular a queima de gordura. Por isso, se você estiver fazendo aquela dieta onde não há ingestão de nenhum tipo de carboidrato, ao finalizar seus estoques de glicogênio (alguns dias sem consumir carboidratos), será preciso iniciar o catabolismo proteico, o que significa que você vai perder massa magra! O AEJ é realizado em baixa intensidade, portanto o gasto calórico é relativamente baixo. Em contrapartida, as calorias consumidas foram predominantemente decorrentes da queima da gordura corporal. Então é preciso avaliar a relação custo/benefício deste tipo de estímulo. Além disso, esses achados ainda são controversos!
Por outro lado, quando realizamos exercícios físicos de alta intensidade, acompanhado da ingestão de quantidades adequadas de carboidratos, a taxa metabólica permanece elevada, comparado aos valores de repouso, para que o organismo retorne ao seu estado de equilíbrio. Este efeito é chamado de EPOC (excesso de oxigênio consumido pós-exercício) e caracteriza-se pelo aumento no consumo de oxigênio após o fim da atividade realizada (para reestabelecer o equilíbrio das suas funções vitais). O consumo de oxigênio guarda relação direta com o gasto energético (Gaesser & Brooks, 1984). O EPOC aumenta linearmente com a duração do exercício e quanto mais intenso for o exercício, maior será a magnitude do efeito EPOC. Em outras palavras, ao realizar um exercício em intensidades mais altas e por mais tempo (recomendação contrária ao AEJ) você está aumentando o gasto calórico pós-exercício e por mais tempo (Gore & Withers, 1990)! Isso ocorre porque quanto maior for o estresse metabólico, maior será a resposta metabólica para garantir que o organismo retornará a condição de homeostase (Thorton & Potteige, 2002). Existe aumento de 20 a 35% na lipólise após o exercício (Trost et al., 1997). Contudo, a taxa de oxidação de lipídios ainda é maior após exercício de alta intensidade, uma vez que a síntese de glicogênio é aumentada para repor o glicogênio utilizado. No caso de exercícios moderados a resposta é menos intensa e por um período mais curto. Um estudo realizado por Bahr & Sejersted (1985) (credo, tem quase a minha idade!) comparou o efeito EPOC em indivíduos submetidos ao jejum (7 horas) e alimentados (este artigo é do Journal of Applied Physiology e é pago, mas quem quiser na íntegra é só me pedir que eu envio). Todos realizaram exercício a 75% do VO2máx durante 80 minutos. Esses autores verificaram que o efeito EPOC foi prolongado e significativo tanto para quem se alimentou, quanto para quem estava em jejum. Entretanto, não podemos esquecer que para o indivíduo que exercitou-se em jejum, o substrato energético utilizado para a reposição dos estoques de glicogênio em exercícios prolongados e de intensidade moderada pode estimular o catabolismo proteico (e você perde massa magra!
Além disso, é preciso entender que perda de peso não é só a redução da massa corporal e sim o balanço entre perda de gordura/ganho de massa magra, portanto é preciso combinar treinamentos que estimulem os ganhos de massa muscular. Este tipo de balanço positivo também provoca o aumento do metabolismo basal (pessoas com mais músculos gastam mais calorias em repouso!)
 Em resumo: Existe uma lógica para fazer o AEJ. Se é bom? Se você pode recomendar? Isso só você pode determinar, porque você com certeza terá avaliado e analisado o seu aluno (porque você foi meu aluno e sabe que é proibido fazer receita de bolo, e vai levar em conta o princípio da individualidade biológica). Sabe que indivíduos que podem exercitar-se em intensidades mais altas podem beneficiar-se do efeito EPOC sem precisar do AEJ. Também é preciso avaliar se, tanto exercícios submáximos como os indicados para o efeito EPOC mais significativo, quanto o AEJ são confortáveis e oferecem segurança ao seu aluno/cliente. De toda maneira, a OMS e o American College of Sports Medicine (ACSM), recomendam que toda população se engaje em uma rotina regular de exercícios que englobe 20 a 60 minutos de exercícios aeróbios de 3 a 5 dias por semana, juntamente com um treinamento de resistência com freqüência de 2 a 3 vezes por semana.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Qual a importância do intervalo de recuperação????


Quando discutimos a periodização dos treinamentos para atingir os objetivos, frequentemente destacamos a importância dos intervalos de recuperação. Isso porque o intervalo de recuperação é uma das variáveis de treinamento capaz de afetar desde o tipo de metabolismo energético necessário para atender a demanda do esforço produzido, até a capacidade de gerar força e acúmulo de ácido lático. Por isso, a escolha do intervalo correto de recuperação é fundamental para conseguir manter um alto nível de esforço (cargas mais altas de treinamento) e consequentemente garantir os resultados decorrentes deste tipo de trabalho (p.ex.: hipertrofia muscular e treinamento de potência). 
Já vimos previamente que séries de exercícios curtas em alta intensidade podem utilizar ATP vindo do sistema anaeróbio alático (ATP-CP; <10 segundos). Assim, séries de força máxima (como por exemplo o levantamento terra) utilizam este sistema energético como principal metabolismo energético. A regeneração dos estoques intramusculares de fosfocreatina ocorre durante as pausas mais longas (mais de 2-3 minutos). 
Esforços mais prolongados (>10 segundos), e pausas mais curtas (<2-3 minutos) induzem a necessidade de utilização da via de glicogênio pelo metabolismo anaeróbio (metabolismo predominantemente utilizado na musculação). O produto deste metabolismo é o lactato. O acúmulo do lactato é apontado como um dos principais indutores da fadiga muscular. Por outro lado, o lactato parece sinalizar uma das principais vias de síntese proteica (que faz seu músculo crescer!!!!).
Esforços mais intensos provocam microlesões e geram o acúmulo de lático. Isso promove a estimulação de maneira mais eficiente das vias ligadas à secreção do hormônio do crescimento (maiores concentrações de GH pós-treino → Aumento do IGF-1) que resultam na estimulação de síntese proteica - favorecendo a hipertrofia.
Isso nos leva a crer que pausas curtas (30-45 seg.) são boas pois criam um ambiente muito propício para o crescimento muscular. Por isso, meninas, nada de fazer uma série e ir conversar com a amiga sobre a calça branca da menina que tá no agachamento.

Esses achados levantam a hipótese que a utilização de intervalos curtos favoreçam o acúmulo de metabólitos e beneficiam a hipertrofia muscular. A determinação do intervalo de recuperação é tão importante quanto a determinação da carga de trabalho e do volume. É a combinação destes fatores que vai determinar o tipo de metabolismo energético e consequentemente modular os resultados do seu treino.
A cascata que desencadeia a hipertrofia muscular a partir do estímulo por meio do exercício físico, está descrita na figura abaixo (é bem complicada, mas é bacana saber que o exercício estimula a síntese protéica que promove a hipertrofia).


Em resumo:
  • As pausas entre séries, carga e volume (nº de repetições) influenciam diretamente a no sistema energético recrutado durante o esforço;
  • Pausas mais curtas (<2 minutos) não reestabelecem os estoques de ATP-CP forçando a produção de energia por meio da glicólise, produzindo lactato;
  • Concentrações elevadas de lactato parecem influenciar diretamente na secreção do hormônio do crescimento (GH) e ativar a síntese proteica, potencializando a hipertrofia;
Pela variedade de variáveis que devem ser controladas em um treinamento sério, fica cada vez mais evidente a necessidade de profissionais capacitados que atendam a demanda de atletas profissionais e amadores que visam melhora na performance. Sem o controle destes índices, é muito mais difícil conseguir bons resultados. 


quinta-feira, 27 de março de 2014

Como a glicose é consumida durante o exercício

Na última aula prática de Fisiologia Aplicada ao Exercício (3º semestre de EF) foi possível observarmos o comportamento da glicose ingerida antes de iniciar um exercício submáximo.
Já sabemos que tudo aquilo que é ingerido em forma de carboidrato (aquele macarrão do domingo) passa a ser digerido por enzimas que fazem a quebra deste carboidrato em moléculas menores até chegar na glicose. Essa é a nossa principal fonte de energia... Por isso todas as imagens que vemos sobre dietas são assim: 
Isso ocorre porque a glicose obtida por meio da ingestão dos carboidratos é utilizada como fonte energética para a manutenção das principais funções vitais... Sem glicose torna-se difícil a tarefa de manter a atividade de órgãos controlados pelo sistema nervoso autônomo. Estes órgãos nunca podem parar... Por isso para manter por exemplo, o coração e o cérebro, funcionando da maneira correta precisamos de glicose! 
É certo que algumas dietas recentemente vêm "demonizando" a figura do carboidrato, colocando-o como o principal vilão para justificar as estatísticas de obesidade que só aumentam... Mas será que o problema é o carboidrato? Ao mesmo tempo que cresce a oferta de novas dietas, os estudos demonstram que a população torna-se mais e mais sedentária. Os estudos demonstram que mais da metade da população de adultos é sedentária (Matsudo et al.2002). E o sedentarismo é ainda maior nas classes A e B!!!!Mas isso é assunto pra uma outra postagem! 
Voltando à glicose... Nosso corpo usa a glicose como principal substrato energético para produzir ATP. O ATP guarda energia necessária para o funcionamento do nosso corpo. Existem diversas maneiras de se obter ATP e a via utilizada irá depender das características do exercício que está sendo realizado.
O vídeo abaixo sintetiza rapidamente as vias de produção energética:


Em nossa última aula prática de Fisiologia Aplicada ao Exercício nós pudemos verificar como é que o exercício age, disponibilizando glicose para a manutenção dos níveis de energia! Dois voluntários fizeram a ingestão de 40g. de carboidrato (em forma de sachê) e outros dois voluntários não consumiram nenhum carboidrato. Destes, 1 voluntário que ingeriu carboidrato e 1 que não ingeriu foram submetidos a um protocolo de teste submáximo (teste de 12 minutos, ou Cooper). Foram medidas as concentrações de glicose no sangue dos participantes ao longo do período de 40 minutos. 


A ideia era entender o comportamento da glicose em repouso e em exercício. Os dados que nós encontramos foram os seguintes: 



Foi possível perceber que o voluntário que ingeriu carboidrato e realizou exercício apresentou níveis aumentados de glicose no sangue. Isto pode ter acontecido provavelmente por causa de mecanismos de regulação. Quando eu começo um exercício, e no caso do teste proposto foi realizado em intensidade submáxima (os meninos estavam quase morrendo depois da corrida!), ocorre a liberação de glicose por meio do glicogênio (reserva energética presente no músculo e no fígado) pela ação do Glucagon. Além disso, também ocorre a inibição da ação da insulina, que mantém os níveis da glicose altos. Em situação de jejum também ocorre a liberação de glucagon, para degradar o glicogênio e fornecer substrato energético. Por isso observamos um aumento menos acentuado durante o exercício também no voluntário que estava em jejum.
Com relação às menina que ficaram em repouso foi possível observar a manutenção dos níveis glicêmicos para a voluntária que ficou em jejum enquanto que a voluntária que consumiu carboidrato apresentou aumentos gradativos nos níveis de glicose, com o pico após aproximadamente 15 minutos da ingestão da solução. O teste durou aproximadamente 35 minutos, o que limitou nossa observação com relação à resposta da insulina, reestabelecendo as concentrações de glicose. Provavelmente observaríamos, após os picos glicêmicos de ambos voluntários que ingeriram o carboidrato, uma redução nos níveis glicêmicos. Isso ocorre devido a ação da insulina e a necessidade de repor os estoques de glicogênio. Quando os níveis de glicose ficam alterados constantemente no sangue, provavelmente há uma falha na produção deste hormônio, que caracteriza o diabetes! Mas isso nós veremos no próximo módulo, de sistema endócrino...
Por enquanto ficamos por aqui... com dedos doloridos mas cheios de novos conhecimentos sobre a ação da glicose no metabolismo energético.



quinta-feira, 20 de março de 2014

1º Semestre de EF: Aula prática - Transporte de Membrana

A membrana plasmática é uma estrutura celular que tem PERMEABILIDADE SELETIVA (capacidade de controlar a entrada e a saída de substâncias da célula). 
O transporte de membrana ocorre sempre com a intenção de manter o equilíbrio das concentrações. Sendo assim se eu tenho um meio mais concentrado (com mais SOLUTO) que o meio mais diluído (COM MAIS SOLVENTE) o transporte ocorrerá no sentido de tentar igualar as concentrações.
Chamamos de DIFUSÃO o transporte do soluto de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado. Quando o transporte é de solvente (água) contra o gradiente de concentração é chamado de OSMOSE.
A difusão pode ser simples (quando ocorre pelos canais de membrana) ou facilitada (quando é intermediada por proteínas). É através da difusão que conseguimos passar o Oxigênio e a Glicose para a célula. No caso do oxigênio ele passa sem a ajuda de nenhum tipo de proteína carreadora, por difusão simples. A glicose necessita da insulina para ser transportada, caracterizando uma difusão facilitada. 

A osmose é caracterizada pela passagem de solvente do meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico). Nesse caso, o objetivo é diluir o meio mais concentrado para conseguir concentrações iguais (isotônico).



Na aula prática vimos o que acontece com as hemácias em meio hipotônico, hipertônico e isotônico. Foi possível observarmos que as hemácias sofriam alterações estruturais decorrentes da perda de água quando submetidas a uma solução com sal (meio hipertônico) em comparação com a solução de soro fisiológico (hipotônica). 


Se a concentração do meio externo for maior que a do meio interno, ou seja, se a hemácia estiver em uma solução hipertônica, ela irá perder água. A água é o solvente e irá ser transportada para o meio mais concentrado na tentativa de diluir e igualar as concentrações. Se a concentração do meio interno for maior que a do meio externo (hipotônico), a hemácia deixará o solvente (água) entrar, fazendo com que a célula fique cheia (como se fosse uma bexiga bem cheia de água e quanto mais você enche, mais a parede fica vulnerável a se romper) podendo sofrer ruptura. Esse processo chama-se Hemólise (quebra da hemácia).  
Em meio isotônico nenhuma alteração é observada, pois as concentrações de soluto e solvente estão equilibradas. Conseguimos fazer fotos da hemácia em solução isotônica (A) e hipertônica (B).


                                 ISOTÔNICO                                                        HIPERTÔNICA

Em um microscópio eletrônico (mais aumento) a imagem apareceria assim:
                                               Hipotônico       Hipertônico        Isotônico


Uma boa pergunta pra prova seria: 


- Sabendo que um isotônico (p.ex.: Gatorade) é uma bebida constituída por água, sais minerais e carboidratos, contendo a formação semelhante ao plasma sanguíneo. Observe o anúncio comercial abaixo: 


a) Explique a figura abaixo, justificando com base em seus conhecimentos sobre transporte de membranas porque o uso destas bebidas pode ser um repositor hídrico melhor do que a água.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Sistemas Energéticos: Limiar Anaeróbio e Lactato

Nosso corpo é como um carro: funciona com o abastecimento! A produção de energia para a realização de um exercício físico se dá a partir da “quebra” de uma molécula de ATP (adenosina trifosfato), que funciona como o combustível para a contração muscular. Entretanto, existem 3 principais vias de produção dessa energia a partir do ATP: 

1. Sistema do metabolismo anaeróbico alático (sistema ATP-CP): É a maneira mais rápida de produzir uma boa quantidade de energia e, sem a produção de lactato. Entretanto esta via não pode ser sustentada por muito tempo, sendo a via predominante nos primeiros segundos de uma atividade. 

2. Sistema do metabolismo anaeróbico láctico (glicólise): É uma maneira bastante rápida de produzir energia sem a presença de oxigênio, contudo, leva à produção do lactato. 

3. Sistema de metabolismo aeróbio: Produz uma quantidade constante de energia em longo prazo sem a produção de lactato. Este metabolismo consegue sustentar o exercício por um longo período de tempo, entretanto a intensidade do esforço é menor do que a intensidade possível nos sistemas anaeróbios. 




No metabolismo anaeróbio lático, o lactato é o produto final da degradação da molécula de glicose (açúcar) utilizada para a produção de energia (ATP). Isso ocorre porque não há oxigênio (O2) suficiente para o sistema de metabolismo aeróbio. O Piruvato produzido pela glicólise (veja figura abaixo) em presença de O2 daria início ao ciclo de Krebs (metabolismo aeróbio). Na ausência de O2, o Piruvato sofre fermentação transformando-se em Lactato.





Entretanto, apesar de ser uma importante fonte energética por conseguir produzir de maneira rápida uma quantidade de energia utilizada por nós em atividades de alta intensidade, a produção de lactato acaba limitando o uso do metabolismo anaeróbio lático. Isto ocorre porque ao longo do processo de produção de energia há um acúmulo gradual desta substância nos músculos. Nossas células necessitam de condições de Ph ideais para realizarem a contração muscular e com o acúmulo do ácido lático pode ocorrer uma hiperacidez, que causa dor e desconforto logo após o exercício. Por este motivo é comum que em atletas de alto rendimento seja realizada periodicamente a determinação das concentrações do lactato sanguíneo. Esta medida permite avaliar qual o nível do esforço que está sendo realizado para uma determinada concentração de acidez metabólica que está sendo produzido. Em outras palavras: Quanto maior o esforço que eu preciso realizar pra uma determinada tarefa, maior será a produção de lactato.

A concentração de lactato no sangue normalmente é de aproximadamente 1,0 mmol/L a 1,8 mmol/L. Este lactato produzido continuamente é metabolisado pelo fígado. Quando ocorre um aumento na intensidade do exercício físico, ocorre o aumento na produção do lactato e o fígado já não consegue manter o equilíbrio entre produção/remoção (passa-se a produzir muito mais rápido do que o fígado consegue remover). O aumento da concentração do lactato no sangue é utilizado como um índice, o limiar anaeróbico (LAN).


O LAN é determinado a partir de sucessivas coletas de lactato durante a realização de exercícios progressivos (a medida que vai aumentando a intensidade do esforço, são realizadas coletas de amostras de sangue para medir a concentração do lactato). Desta maneira, é possível determinar a carga de esforço correspondente às concentrações de lactato. Existem índices pré-estabelecidos para se determinar o limiar anaeróbio. É interessante consultar a literatura disponível de acordo com cada esporte. Estudos com ciclistas (Figueira et al., 2004) e nadadores (Pereira et al., 2002) utilizaram as concentrações fixas de 3,5mMol como limiar, enquanto que para corredores de endurance sugere-se o limiar de 4mMol (Denadai et al., 2003), por isso é sempre bom buscar referências para a modalidade de escolha!

Esforços entre 50-75% do VO2máx não demonstraram aumentar significativamente os valores de lactato em relação ao repouso (Denadai, 1995), isto significa que ao encontrar a carga de trabalho correspondente ao LAN, sabe-se que o trabalho está sendo realizado em alta intensidade. Veja o exemplo abaixo: 




Note que quanto maior o VO2máx (e consequentemente maior esforço), mais o lactato é acumulado. Também é importante destacar que, para indivíduos não treinados (untrained) o lactato se acumula antes que para indivíduos treinados (trained). Isso porque para um indivíduo treinado o limiar de esforço percebido é diferente em comparação ao indivíduo não-treinado.

Quanto mais realizamos esforços que demandam o metabolismo anaeróbio lático (exercício intermitente, curta duração em intensidades acima do LAN) mais o atleta consegue suportar o desconforto resultante do aumento da acidez e sustentar o esforço por mais tempo, podendo atingir maiores intensidades ao longo do treinamento.

Assim, a dosagem de lactato pode auxiliar no planejamento de treinamentos em intensidades mais adequadas à demanda metabólica para cada tipo de esporte. Além disso, o treino que auxilia na capacidade de suportar maiores concentrações de lactato, permite melhora na performance. 

Quem quiser saber mais sobre esse assunto, recomendo o artigo do professor Benedito Sérgio Denadai (1995) - Liminar Anaeróbio: Considerações Fisiológicas e Metodológicas

Bons Estudos!!!!


quarta-feira, 12 de março de 2014

Hemácias e transporte de oxigênio: Célula Sanguínea e Epitélio da Mucosa Bucal - 1º Semestre de EF - Bases Biológicas

Essa semana as duas turmas do 1º semestre de EF da UniBr - FASS, realizaram um experimento para visualizar suas próprias células epiteliais da mucosa bucal.
O procedimento foi simples... Raspamos a mucosa bucal com um palito de sorvete, transferimos o material para a lâmina e adicionamos o corante...Depois de alguns procedimentos pra fixação do material foi possível observar nossas células. Mas o interessante foi quando uma das turmas sugeriu que nós observássemos a célula sanguínea e alguns voluntários mais corajosos submeteram-se ao temido "furinho no dedo"... 
Preparamos lâminas com o sangue e o resultado para a comparação foi este: 
Eu achei lindo!!!!!


Aí eu não podia deixar de dividir isso com vocês... 
Vocês lembram o nome desta célula vermelha que está presente no sangue? É a HEMÁCIA... 
Quando nós formos discutir o metabolismo energético, aeróbio principalmente, vamos precisar bastante dela! Vocês conseguem ver o núcleo da hemácia? Não? Não tem como mesmo... Estas células não possuem núcleo e o seu citoplasma é rico em hemoglobina, que é responsável pela cor vermelha do sangue. A hemoglobina contém muitos íons de Ferro em sua constituição (por isso que quem tem anemia, precisa ingerir alimentos ricos em Ferro, para repor os estoques de hemácias). Os íons de Ferro ligam-se ao oxigênio e realizam o transporte dele através do sangue para os nossos diversos tecidos e órgãos. Portanto, quando vamos fazer exercícios e nossa respiração fica ofegante (porque precisamos consumir mais Oxigênio) o batimento cardíaco se acelera, pra fazer o sangue circular mais rápido e assim carregar mais Oxigênio. Portanto, como vocês podem ver pelas duas fotos que tiramos na aula de laboratório de vocês (Obrigada Steve Jobs pela tecnologia maravilhosa dos iphones dos meus alunos), é possível perceber que há diferenças importantes na estrutura das hemácias. Elas não contém núcleo e isso permite o transporte do oxigênio. Além disso, ela já é naturalmente corada pela hemoglobina... Por isso não precisamos colorir com o Azul de Metileno (que acabou com a minha unha) como foi o caso da célula do epitélio bucal.
Na célula da mucosa bucal dá pra observar a estrutura de membrana plasmática, citoplasma e núcleo de maneira bem objetiva. 

Parabéns aos alunos pela aula dessa semana! As fotos mostram o quanto vocês se empenharam e como foi bacana! 

Beijos a todos e até semana que vem!

Carla 

terça-feira, 11 de março de 2014

Qual é o melhor exercício para emagrecer??????



A dúvida e desejo de 10 em cada 10 mulheres...

Para tomarmos a decisão da melhor maneira de prescrever um treinamento visando o emagrecimento, precisamos levar em conta duas coisas: Metabolismo energético que será atingido e intensidade do esforço que será realizada. 

Se levarmos em conta o que já ouvimos falar extensamente sobre o tema, sabemos que a via metabólica que mobiliza gorduras como substrato energético, é ativada com a prática de exercícios prolongados (e, portanto, se o exercício é prolongado não é de altíssima intensidade). Assim, aprendemos durante a aula de metabolismo energético que é desejável prescrever uma caminhada ou corrida leve por períodos superiores a 30 minutos para aqueles indivíduos que querem perder peso. Certo? Depende...

Nem sempre indivíduos que realizam esse formato de exercício conseguem bons resultados sem uma dieta hipocalórica. Neste caso, por outro lado, alguns outros estudos já demonstraram com bastante eficiência que o treinamento de força aumenta a taxa metabólica basal (Pratley et al., 1994). Assim, indivíduos com mais massa muscular, apresentariam um metabolismo mais “acelerado” em repouso do que indivíduos com maior percentual de gordura. Portanto, o treinamento com pesos beneficiaria aumentando o gasto calórico destas pessoas.

Por outro lado, combinar o treino com pesos e uma atividade aeróbia parece ser muito eficiente no processo de perda de peso. Mas é melhor fazer o aeróbio antes ou depois do treino? Depende...

Alguns pesquisadores apontam para uma tendência a recomendar que o treino aeróbio (e nesse caso, entendam que é um treino de baixa intensidade) seja realizado após o treino de musculação. Isso porque se analisarmos a sequencia da bioenergética, ao iniciar o exercício aeróbio após uma sessão de treinamento, sugere-se que possa haver uma maior mobilização do metabolismo de gorduras. Neste caso, o aeróbio após a musculação seria metabolicamente mais eficaz para reduzir a gordura corporal. Será? 

Recentemente um estudo de Kang e colaboradores (Kang et al., 2014) demonstraram que a sequência dos exercícios deve ser estabelecida de acordo com as prioridades. Isto porque ao realizar dois estímulos distintos em uma única sessão de treinamento, nós naturalmente tenderemos a priorizar o exercício que será realizado primeiro. Assim, o profissional que irá prescrever o exercício deve estabelecer com seu aluno quais os pontos mais importantes a serem atingidos com o programa proposto. A sequência escolhida deve colocar em primeiro lugar o treino específico para o objetivo do aluno/cliente, evitando a fadiga durante o trabalho deste componente de "preferência". 

Não existem evidências conclusivas que apontam para uma interferência significativa de um treinamento aeróbio de baixa intensidade prejudicando o ganho de força. O treinamento concorrente (como é chamado o treino aeróbio + força) pode promover adaptações metabólicas que favorecem ao mesmo tempo o ganho de massa muscular e a redução do percentual de gordura. Então é bom fazer aeróbio + musculação, tudo junto????? Cuidado...

Se o treino aeróbio prescrito for realizado em alta intensidade, a fadiga muscular ocasionada por este treino pode reduzir a ação do hormônio do crescimento (GH) além de atrapalhar na produção de força por fadiga. Neste caso, ambas as respostas estão relacionadas a uma menor eficiência no processo hipertrófico. Portanto, indivíduos que realizam treinos aeróbios mais intensos com um determinado músculo em um dia, devem priorizar o treinamento com pesos em outro grupamento muscular. Por exemplo: Se realizou uma corrida intensa (membros inferiores), o treino de força dos membros superiores não ficaria comprometido. 

E por que realizar o treino aeróbio em alta intensidade????

Alguns estudos têm indicado que o efeito EPOC (Excess Post-Exercise Oxygen Consumption) pode ser um importante responsável por um consumo “extra” de oxigênio que acontece após a realização de exercícios intensos e de curta duração (ex.: sprint). Quanto maior a intensidade do esforço, maior é o efeito EPOC. Portanto, a intensidade do exercício parece ser uma importante variável que interfere no gasto calórico e consequentemente na queima de gordura após a realização do treino. Os mecanismos fisiológicos disparados pelo exercício de alta intensidade vão desencadear adaptações que resultam na perda de massa gorda após o exercício. A combinação entre aumento da massa magra para acelerar o metabolismo e exercícios de alta intensidade para aumentar o efeito EPOC são mecanismos eficientes de perda de peso corporal que fogem da prescrição tradicional de exercício aeróbio, e trazem uma perspectiva muito interessante: Se eu me exercito em alta intensidade, posso realizar o treino em menos tempo e ter resultados tão bons quanto, ou melhores do que no treino trivial. Sim!!!! Isto significa otimizar o tempo de seu aluno que trabalha muito ou é preguiçoso e usa a falta de tempo como desculpa para não fazer exercícios. Afinal de contas com esse treino ele vai queimar calorias enquanto dorme!

Em resumo: Realizar um exercício aeróbio após a musculação parece ser, do ponto de vista metabólico, uma excelente alternativa para gerar perda de gordura corporal. O exercício aeróbio, neste caso, deve ser realizado em baixa intensidade (±70% FCM) para não interferir nos resultados da musculação. 

Se o seu aluno tem um perfil que permite adaptá-lo a um treino intermitente, de alta intensidade, esta parece ser outra alternativa muito eficaz para gerar perda de peso... E mais rápido! Mas cuidado... Treinos de alta intensidade costumam não agradar a todos, e quando se prescreve exercícios fora do ambiente de alto rendimento, isso deve ser levado em conta, para garantir a adesão do aluno ao programa proposto. Neste caso, também deve-se alternar o grupo muscular a ser trabalho em cada dia. 

É importante lembrar que o profissional deve estar atento a prioridade do aluno para estruturar um programa de treinamento ideal! É esse o diferencial do bom profissional!

Bons treinos!!!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Sobre o Blog

Esse blog foi feito para compartilhar dicas, materiais didáticos e complementares, fomentar discussões e promover a troca de conhecimento para preparar profissionais diferenciados para o mercado de trabalho. Neste blog podemos discutir todos os aspectos da Educação Física. A ideia é descobrirmos que ela é muito mais ampla do que parece!

Então vamos falar sobre, alimentação, treinamento, musculação, esporte, suplementos, novidades e dicas para auxiliar na elaboração de estratégias mais eficientes no planejamento de treinamentos.
Aqui no blog os alunos do curso de EF encontrarão todo o material disponível para as disciplinas que ministro e também os materiais suplementares para aumentar as discussões dentro e fora da sala de aula.

A ideia do Blog é tentar criar um ambiente descontraído, acessível para fazer todos gostarem de buscar mais conhecimento e de quebra dar aquela ajudinha na hora da prova! E acreditem, isso é muito possível!
Todo mundo quer a receita milagrosa! Quer o treino ideial! Mas para isso é preciso aprender a buscar informações que conduzam a adaptações específicas que serão a chave do suceso do treinamento prescrito. Entender e dominar os princípios que conduzem o condicionamento físico é essencial para atingir os objetivos. É preciso reforçar a importância que o estilo de vida saudável tem para minimizar problemas (e muitos gastos!) com saúde...

A ideia é discutirmos tudo que envolve esse universo. Convidarei outros profissionais a escreverem sobre assuntos específicos que vocês sugerirem e assim enriqueceremos esse fórum de discussões.

Espero que gostem,

Beijos Carla